UMA FESTA DE “MIL DIABOS!”

Agrupamento de Escolas constrói, mais uma vez, a emblemática figura da “Morte”

No passado sábado passado, dia 17 de fevereiro, realizou-se mais uma festa de Mil Diabos, na vila de Vinhais, promovida pela Câmara Municipal. As ruas da vila encheram-se de luz, cor e som, para festejar um ritual único, ancestral e genuíno, através de um cortejo que percorreu toda a rua principal desta terra.

O ritual teve início com uma missa de Imposição de Cinzas, na Igreja do Seminário de Vinhais, às 18.00h, seguida do cortejo “Mil Diabos!”. Uma Morte Gigante, construída pelas professoras de EV e pelos alunos da Escola Básica e Secundária D. Afonso III, segue na cauda da procissão, até à Pedra, local onde as raparigas que vão sendo capturadas pelos Diabos e encerradas num carro de bois, ao longo do percurso, são julgadas e purificadas.

A companhia de teatro Filandorra também foi parceira neste evento, através da representação de vários “quadros” que pretendiam destacar as relações entre o Diabo e as ações do Homem, intensificadas pelo espetáculo dos cuspidores de fogo.

O espetáculo termina com as raparigas capturadas a beijarem a Morte, cujo símbolo gigante é depois consumido pelas chamas, cumprindo-se o objetivo deste ritual e reforçando a ideia de que “Quem pró rosto da morte olhar, por mais um ano a irá afastar!”.

A festa prosseguiu numa grande tenda com tasquinhas e animação musical, assegurada pelos Gaiteiros de Vinhais, os Virandeira e o DJ OLO.

 

Biblioteca Escolar promove atividade de motivação para a leitura

 

A Biblioteca Escolar do Agrupamento assume-se, cada vez mais, como um espaço privilegiado de promoção do livro e da leitura, levando a cabo as mais diversas atividades dirigidas à comunidade escolar. No passado dia 22 e 23, em parceria com o Departamento de Línguas da escola e com o apoio financeiro da CPCJ, promoveu mais uma atividade -“Atividades Mundo Brilhante” - direcionada para a motivação da leitura das obras selecionadas nas Metas Curriculares de Português dos vários níveis de ensino.

Durante toda a manhã e tarde de segunda-feira e terça-feira, os alunos dos diferentes anos de escolaridade, do Pré-escolar ao 12º, puderam contactar, de forma criativa, orientados pelo psicólogo educacional Dr. Alfredo Leite, com as obras de referência das Metas Curriculares de Português, objeto de leitura orientada na sala de aula. Desde Pedro e o Lobo de Serguei Prokofiev, A maior flor do Mundo, de José Saramago, Ulisses, de Maria Alberta Meneres, passando por Camões e Os Lusíadas, Gil Vicente, com A farsa de Inês Pereia, Eça de Queirós e os Maias, a Fernando Pessoa e a sua poesia, foram várias as personagens a “desfilar” pelo quadro interativo e a desafiar o conhecimento e a reflexão dos alunos.

 

Celebração do Natal

Com o final do primeiro período letivo chegam, também, as habituais celebrações de Natal. Este ano não foi exceção e foram várias as atividades levadas a cabo pelos alunos e professores do agrupamento para assinalar esta importante quadra festiva.

A criatividade dos alunos do ensino básico ficou bem à vista na exposição de presépios patente no átrio do Bloco de aulas, atividade realizada no âmbito da disciplina de EMRC. A variedade de materiais utilizados, o formato e as dimensões das dezenas de presépios transformaram este espaço, durante várias semanas, numa verdadeira galeria de arte. O Presépio Vivo é já uma atividade que marca as festividades natalícias, numa interação entre a escola e a comunidade local. Este ano, a campanha de solidariedade que acompanha esta representação foi a favor das vítimas dos incêndios que assolaram o país, tendo sido recolhidos vários donativos que serão entregues diretamente às pessoas afetadas. No Salão Polivalente, no último dia de aulas, foi montada a “Casa do Pai Natal”, uma iniciativa das turmas PIEF, em colaboração com os seus professores, com o objetivo de receber os alunos do 1º Ciclo. A associação de Estudantes ajudou à festa com um Karaoke de Natal, no final da tarde.

Como não podia deixar de ser, a Ceia de Natal dos professores e funcionários do Agrupamento constituiu-se como mais um momento alto das celebrações fraternas desta época festiva. 

 

 

Saúde escolar

Foram várias as atividades desenvolvidas, no âmbito da saúde escolar, ao longo deste primeiro período.

Dia 16 de outubro- dia mundial da alimentação – os alunos construíram pirâmides alimentares, nos vários níveis de ensino, 1º ciclo, 2º ciclo e PIEF. Nesse mesmo dia, conjuntamente com a biblioteca escolar e a professora bibliotecária Madalena Rodrigues, na Eb1 de Vinhais, foram feitas atividades de leitura interativas focando o tema “Uma alimentação saudável e equilibrada”.

Dia 13 de Novembro, houve um rastreio de glicémia para professores e funcionários da escola, com a colaboração da enfermeira da saúde escolar.

Dia 4 de dezembro comemorou-se o dia mundial de luta contra a Sida, tendo sido feita uma banca de distribuição de material informativo referente ao vírus HIV/Sida e medidas de prevenção, com distribuição de preservativos. Além disso, os alunos e restante comunidade escolar tiveram a oportunidade de deixar mensagens/ informações referentes aos meios de transmissão da doença, aos comportamentos a adotar e também desmitificar ideias pré-concebidas erróneas sobre a forma de contágio. Deu-se particular ênfase à necessidade de entender que os afetos ajudam a não haver discriminação dos doentes ou portadores do vírus. No intervalo da manhã, no átrio do bloco de aulas da escola sede, foi construído um laço humano tendo como intervenientes alunos da escola, nomeadamente das turmas 5º A e do 9º B, tendo colaborado positivamente com a coordenadora da saúde escolar a monitora da turma PIEF, Susana Cunha, bem como o aluno Francisco Peixoto. Nesse mesmo dia a coordenadora da saúde escolar, Ângela Gama, e a enfermeira Ana Paula Beato promoveram a participação dos alunos das turmas do 12º C, do 10º c e do 10º B no jogo do risco, para debaterem ideias sobre os riscos presentes ou ausentes nas atividades do nosso dia a dia referentes ao contágio com HIV.

Ângela Gama Silva

 

Magusto Escolar com sabor a bolo

No passado dia 17 de novembro, numa iniciativa da Associação de Estudantes, realizou-se, na sede do Agrupamento, ao final da tarde, o tradicional Magusto escolar.

Embora simbólica, devido ao facto de ainda se manter a proibição de realizar queimadas em espaços florestais, acendeu-se a habitual fogueira, onde foram lançadas algumas castanhas. Mas só para simular, porque as castanhas distribuídas pelos alunos, professores e funcionários, ainda bem quentinhas, foram assadas nos fornos da cozinha da escola, o que não foi mau, pois, desta forma, não foi necessário lavar as mãos, porque não ficaram “enfoliscadas”.

Para complementar as castanhas assadas, a escola ofereceu bolo de chocolate, bolo de noz e sumo, o que se traduziu num ótimo lanche convivial de final de tarde.

 

 

FESTA DA CABRA E DO CANHOTO, NA ALDEIA DE CIDÕES - UMA TRADIÇÂO DE ORIGEM CELTA

“Quem da cabra comer

E ao canhoto se aquecer

Um ano de sorte vai ter”

 

Em muitas aldeias de Trás-os-Montes há muitas tradições que se perdem no tempo, algumas das quais se desconhece o seu significado e a sua origem. Outras há, no entanto, associadas à cultura celta e aos tempos em que estas tribos habitaram o norte da Península Ibérica, como a Festa da Cabra e do Canhoto, na aldeia de Cidões, concelho de Vinhais, celebrada no dia 31 de outubro, com o acender de uma grande fogueira, inicialmente, na parte mais alta da povoação.

Esta noite tem a sua origem no milenar festival Celta de Shamhain. O Celtas, que viveram há 3000 anos, tinham apenas 2 estações do ano: a Estação escura e a estação Clara. A estação escura começava no dia 31 de outubro e marcava o final do verão e das colheitas, seguido pelo período de inverno extremamente frio e com dias pequenos, sem sol, e longas noites. Um longo período de escuridão, portanto. À meia-noite do dia 31 de Outubro, iniciava-se a celebração do Shamhain, quando se acreditava que os espíritos dos mortos voltavam para reviver na Terra. Esse espíritos causavam, além de outros danos, prejuízos nas plantações; mas outros espíritos vinham, que ajudavam os Druidas, sacerdotes Celtas, na premonição e leitura do futuro.

Para o povo, era um grande conforto acompanhar as profecias e orientações religiosas dos sacerdotes, pois isso ajudava-os a proteger-se contra a escuridão e os perigos das trevas do inverno. As grandes fogueiras acesas nesta noite simbolizavam a destruição dos espíritos maus e a iluminação das noites escuras.

Devido a esta tradição, a aldeia de Cidões, com apenas 17 habitantes, entrou, nos últimos anos, no roteiro das celebrações celtas, por iniciativa da Associação Raízes, da aldeia de Cidões, recebendo milhares de visitantes para participarem nos rituais do acender da fogueira, da queima do Bode e do degustar da cabra cozinhada no pote.

A festa começa com a cerimónia do ritual da ascensão da lua e do pôr-do-sol, seguido pelo acendimento da fogueira gigante pelas deusas celtas, onde é posteriormente queimado o “canhoto” ou o demónio. Queima-se, igualmente, o Bode, figura emblemática da festa, habitualmente construído pelos alunos e professores de Ed. Visual do Agrupamento de Escolas D. Afonso III, parceiro da festa, que tem o patrocínio da Câmara Municipal de Vinhais. Ao longo da noite, há animação por toda a aldeia, decorada com velas, desde danças celtas, música tradicional celta, com grupos de gaiteiros, cuspidores de fogo, encenações teatrais, etc.

O nome da festa deriva do facto de se cozinhar, em grandes potes, a cabra “machorra”, símbolo da mulher do diabo, que não deu qualquer descendência, e que depois é comida, acompanhada de bom vinho.

Quando chega a meia noite, surge o carro de bois, a chiar, com o Diabo em cima, puxado pelos rapazes da aldeia, que depois de descer do carro corre pelo recinto da festa assustando os participantes.

Antigamente, no dia seguinte à festa, os habitantes encontravam a aldeia virada do avesso, com tudo fora do lugar, como por “obra do diabo”!

                                                                                              Alunos do 7º B:

                                                                                              Ana Santos

                                                                                              Cândida Santos

                                                                                              Lara Oliveira

                                                                                              Maria Santos

                                                                                              Mariana Santos

                                                                                              Sara Afonso

                                                                                              Vânia Morais 

 

 

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